terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Salmo 51 - uma leitura


Davi era poeta, e sempre usou de sua arte para expressar o que havia em sua alma, colocando-a diante de Deus.  Quando Natã lhe apontou o pecado, em espírito de arrependimento e confissão, Davi escreveu o Sl 51.  A beleza e a profundidade das palavras são realmente incomparáveis.  Somente alguém que já tinha experimentado da maravilha que é a companhia divina e a tinha perdido poderia expressar-se desta maneira:
Tem misericórdia de mim, ó Deus,
por teu amor;
por tua grande compaixão
apaga as minhas transgressões.
(Sl 51:1)
Desta forma o salmo prossegue com um reconhecimento sincero de culpa: reconheço as minhas transgressões (v. 3); contra ti pequei (v. 4); sei que sou pecador (v. 5).  Mas sempre a confissão é acompanhada da súplica pelo perdão: lava-me de toda a minha culpa (v. 2); purifica-me com hissopo (v. 7); apaga todas as minhas iniquidades (v. 9); livra-me dos crimes de sangue (v. 14).  Para então desembocar na petição central:
Cria em mim um coração puro, ó Deus,
e renova dentro de mim um
espírito estável;
(Sl 51:10)
Estando certo de que sua culpa foi expiada, e que novamente já foi aceito na presença santa do Senhor, pode então Davi concluir seu salmo:
Então te agradarás dos
sacrifícios sinceros,
das ofertas queimadas e dos holocaustos;
e novilhos serão oferecidos
sobre teu altar.
(Sl 51:19)

Nenhum comentário:

Postar um comentário