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Marcado para morrer

“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou” – Eclesíastes 3

O “meio CH” atravessa sua pior fase desde que as primeiras páginas sobre o assunto surgiram na internet, no final dos anos 90. Os sites caem um a um. Os fóruns estão cada vez mais parados. “Chaves”, que antes mobilizava a audiência e era considerado o ‘coringa’ do SBT, hoje é uma atração secundária na grade da emissora. Do elenco original das séries, restam poucos atores vivos. Chapolin há muito tempo não dá as caras na emissora de Silvio Santos. Uma geração inteira nunca viu o Vermelhinho na televisão aberta. Todos estes fatores, uns mais, outros menos, contribuem para que o meio esteja em baixa.

A fanbase de “Chaves” e “Chapolin” sempre foi composta, em sua maioria, por jovens. Em uma das saídas de “Chapolin” da programação do SBT, um grupo de adolescentes foi protestar na frente da sede da emissora, na Via Anhanguera, em Osasco. Aos poucos, esse público foi envelhecendo. Ao assumir mais responsabilidades na vida, acabam deixando de lado o fanatismo e, por consequência, os fóruns e sites. Os usuários que “somem” do meio CH, na verdade, cresceram. E ainda que continuem gostando das séries, não tem mais o mesmo vínculo de outrora, já que seus interesses se dispersaram por vários temas.

Muitos membros antigos dos fóruns ainda se lembram de quando baixavam vídeos de episódios perdidos em péssima qualidade. Era a única forma de rever aquelas imagens. Hoje, quase tudo está disponível no YouTube. As informações que alguns sites traziam, como o fato do elenco não ter morrido em um acidente de avião ou o SBT ainda preservar episódios em seu arquivo sem exibi-los não são mais novidade. Fazer parte do meio CH era sinônimo de investigação. Tudo o que era para ser descoberto já foi, e o pouco que ainda resta provavelmente será desvendado em breve.

A queda do meio também faz parte do movimento rumo às redes sociais que a internet deu. Fóruns são meios que, apesar de ainda serem ativos, fazem parte de uma internet anterior à banda larga. Os sites, de templates toscos e programados em um HTML rudimentar, também. O mundo mudou, mas o meio CH continua muito semelhante ao que era.

Talvez a principal contribuição do meio tenha sido a formação de amizades que passaram do virtual para o real. Aquelas páginas, ainda que de forma torta, praticavam jornalismo. Muitos jornalistas tiveram seus primeiros textos e matérias publicadas nos sites. O meio CH caminha para a extinção? Talvez. Mas deixou suas marcas em cada um que passou pelos fóruns, pelos sites ou mesmo pelos eventos promovidos. Afinal, ser chavesmaniaco não é um estado de espírito: é uma condição.

Por Seu Furtado

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